quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Sentirei falta dos meus queridos. Estaremos longe, mas nunca me esquecerei de vocês.


Acredito nas pessoas... Naquelas que possuem algo mais... Aquelas que, às vezes, a gente confunde com anjos e outras divindades... Digo daquelas pessoas que existem em nossas vidas e enchem nosso espaço com pequenas alegrias e grandes atitudes... Falo daquelas que te olham nos olhos quando precisam ser verdadeiras, tecendo elogios, que pedem desculpas com a simplicidade que somente, vocês, crianças que sempre serão, podem mostrar...

Pessoas firmes... Verdadeiras, transparentes, amigas... Que com um sorriso, um beijo, um abraço, uma palavra te faz tão feliz... Aquelas que erram... Acertam... Não têm vergonha de dizer o que sentem... aquelas que sonham... Aquelas que passam pela vida deixando sua marca, saudades, aquelas que fazem à diferença... aquelas que fazem da gente uma eterna aprendiz.

Chegou a hora da despedida!
Levo no meu coração os vossos sonhos de crianças puras, sinceras, transparentes.
Vejo em todos vocês, flores a desabrochar num jardim muito belo que jamais sairá da minha memória.
Sei que berrei, entristeci, zanguei-me.
Sei que em alguns momentos, não tinha esse direito, mas nós adultos somos assim!
Permanecerá a lembrança dos teus rostos sempre sorridentes e felizes que compreendiam silenciosamente e que, por muitas vezes, acalmavam a minha alma.
Acima de tudo vejo a amizade, o carinho, a enorme ternura que sempre senti por todos vocês!
Não esquecerei nem um de vocês, podem estar certos disso.
O eterno rosto pessoal, um a um.
Estou plenamente convicta que nesta hora do adeus prevalece o desejo de levar-vos para sempre comigo, prender a vossa atenção a tudo o que aconteceu neste período em que compartilhamos momentos tão especiais.
Foram traquinas, inquietos, mas isso só vos dá um valor incalculável por amar e nutrir essa nossa existência numa riqueza sem medida.
As suas brincadeiras são fruto de uma tenra e doce altura para o fazer.
Para mim, como educadora, felicito-vos pela compreensão, resignação e alegria com que aceitastes as minhas censuras aos vossos atos, talvez menos corretos, que assumi para convosco para melhorar a situação, embora, por vezes, a dureza das palavras era o que precisavam ouvir.
Cada gesto, cada palavra, cada som, cada atitude, serão preservadas como um tesouro imenso, uma riqueza incalculável no meu coração.
A relação de confiança que foi criada entre nós, durante este período, perdurará.
Será com redobrado prazer, que um dia ao encontrar-vos numa rua, sentir a tal vaidade e orgulho do: “Olá professora, como está?”.
Nesta hora da despedida, só me ocorre uma frase: OBRIGADO E ATÉ SEMPRE! Estudem! Aumentem o vosso saber, porque só nele encontrarão uma janela aberta para o Mundo. Sempre, sempre com “os pés no chão”, não esqueçam. O amanhã será vosso se se esforçarem.

Amo a todos,

Gleice